sexta-feira

Aspectos históricos e conceituais da extensão universitária brasileira

De acordo com Nogueira (2005), as primeiras ações extensionistas no Brasil surgiram em forma de cursos e de prestação de serviços, por influência inglesa e americana, respectivamente.  É através do modelo europeu que o Brasil inicia suas atividades extensionistas, onde a antiga Universidade de São Paulo é apontada como a primeira instituição de ensino superior no país a desenvolver atividades de extensão. Nessa época de início no Brasil, as camadas populares praticamente ignoraram as atividades desenvolvidas na Universidade Popular, pois os temas abordados não eram de interesse da massa, ou seja, não eram voltados para os problemas vividos no cotidiano dessas pessoas. Após a publicação do Estatuto das Universidades Brasileiras, Decreto de 1931, ficou claro que o objetivo da extensão universitária seria beneficiar as pessoas que não tem acesso à universidade, propagando o conhecimento acadêmico e elevando o nível da cultura geral do povo. Porém, essas atividades eram exercidas de forma isolada e dependente do ensino e da pesquisa, limitando-se a divulgação das pesquisas produzida nas universidades, com um ensino elitista para uma camada privilegiada da população.
Em 1961, houve a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, onde novamente podemos perceber uma grande distância entre o texto legal e a prática. Reduzia-se ainda mais a cursos ministrados por docentes e dirigidos à pessoas que de certa forma já estavam ligadas à essas universidades. Por esses e outros motivos, a partir da década de 60, estudantes universitários realizaram intensa atividade extensionista, porém desvinculada das universidades. A União Nacional de Estudantes (UNE) tinha a proposta de levar os estudantes a participar de ações sociais nas comunidades carentes, possibilitando uma reflexão sobre as ações realizadas. (NOGUEIRA, 2005)
Deste modo, com o passar dos anos, depois de muitos conflitos políticos e ideológicos, a extensão universitária brasileira foi se modificando e aperfeiçoando-se aos poucos, criando novas políticas de extensão, sendo elas: Plano de Trabalho de Extensão Universitária; Programa de Fomento à Extensão Universitária - PROEXTE;  Plano Nacional de Extensão Universitária. Este último Plano reafirma a extensão universitária como processo acadêmico definido e efetivado em função das exigências da realidade, indispensável na formação do aluno, na qualificação do professor e no intercâmbio com a sociedade. Dá prioridade às práticas voltadas para o atendimento de necessidades sociais emergentes, como educação, saúde, habitação, geração de empregos etc. Assim, tem-se hoje como princípio, que para a formação do profissional cidadão é imprescindível sua efetiva interação com a sociedade. (NOGUEIRA, 2005)


Relatório

Dia 22/08/2011

Nesta aula, os alunos se sentaram em círculo na sala de aula, para que cada um falasse um pouco a respeito do livro que fichou. Houve uma pequena confusão em relação a isso, pois a maioria da turma não sabia o tipo específico de fichamento que deveria ser feito, por isso, após as devidas orientações, ficou combinado com a prof.ª que todos trariam o fichamento de resumo pronto para a próxima aula. Depois disso, cada um pôde falar um pouco sobre o que aprendeu a respeito da extensão universitária, como surgiu, para que serve, quais seus objetivos, qual a sua história etc., referindo-se ao livro que escolheu.

O surgimento da extensão universitária no Brasil


A extensão universitária surgiu na Inglaterra, no século XIX, com uma nova idéia de educação continuada, destinada à população adulta em geral que não estava na universidade. É através desse modelo europeu que o Brasil inicia suas atividades de extensão. A extensão universitária nos EUA também influenciou as ações extensionistas das universidades brasileiras, nas quais a influência inglesa foram os cursos, e a influência americana foi a prestação de serviços. (NOGUEIRA, 2005)
A extensão universitária teve início no Brasil entre os anos de 1911 e 1917, na Universidade Livre de São Paulo, através de conferências e semanas abertas ao público, mas tratavam de temas que não estavam relacionados aos problemas sociais e políticos da época. Foi só em 1931, com o Decreto do “Estatuto da Universidade Brasileira” que foram delineadas as atividades de extensão com o objetivo de apresentar também soluções para os compromissos sociais e de interesse nacional. Já na década de 60, que teve como marca a mobilização popular e reformas sociais, as atividades de extensão passam a focalizar a inserção na realidade sócio econômica, política e cultural do Brasil, sempre em busca da transformação social. (CARBONARI, 2007)
Pouco tempo depois da publicação da legislação em 1931, várias instituições de ensino superior são criadas. Porém, essas atividades ficavam isoladas e dependentes do ensino e da pesquisa, limitando-se a divulgação de pesquisas direcionadas para uma camada privilegiada da população. É somente no início da década de 1960 que percebemos uma primeira mudança nessa concepção. É quando aparecem ações de compromisso com as classes populares, com a intencionalidade de conscientizá-los sobre seus direitos. Surge a preocupação quanto à integração com órgãos governamentais, quanto à necessidade da interdisciplinaridade e quanto às possibilidades de o trabalho extensionista ser computado como estágio curricular, durante o período de férias. (NOGUEIRA, 2005)

Referências:

CARBONARI, Maria Elisa Ehrhardt; PEREIRA, Adriana Camargo. A extensão universitária no Brasil, do assistencialismo à sustentabilidade. Disponível em: <http://sare.unianhanguera.edu.br/index.php/reduc/article/viewFile/207/205>. Acesso em: 15/08/2011.

NOGUEIRA, Maria das Dores Pimentel. Políticas de extensão universitária brasileira. 1 ed. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2005.

Fichas do livro "Políticas de extensão universitária brasileira"


Ensaios de política de extensão universitária
Capítulo 1
NOGUEIRA, Maria das Dores Pimentel. Políticas de extensão universitária brasileira. 1 ed. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2005.

A extensão universitária surgiu na Inglaterra, no século XIX, com uma nova idéia de educação continuada, destinada à população adulta em geral que não estava na universidade. É através desse modelo europeu que o Brasil inicia essa atividade universitária, onde a antiga Universidade de São Paulo é apontada como a primeira instituição de ensino superior no país a desenvolver atividades de extensão. Nessa época de início no Brasil, as camadas populares praticamente ignoraram as atividades desenvolvidas na Universidade Popular, pois os temas abordados não eram de interesse da massa.
A extensão universitária nos EUA também influenciou as ações extensionistas das universidades brasileiras, na qual as influências inglesas foram os cursos, e a influência americana foi a prestação de serviços. O objetivo da extensão universitária no Brasil era o de difundir o conhecimento da universidade para a sociedade, para aquelas pessoas que não tinham acesso a ela, através de cursos e conferências com este objetivo. Pouco tempo depois da publicação do Decreto do Estatuto das Universidades Brasileiras, em 1931, várias instituições de ensino superior são criadas. Porém, essas atividades ficavam isoladas e dependentes do ensino e da pesquisa, limitando-se a divulgação de pesquisas direcionadas para uma camada privilegiada da população.
É no início da década de 1960 que percebemos uma primeira mudança nessa concepção. É quando aparecem ações de compromisso com as classes populares, com a intencionalidade de conscientizá-los sobre seus direitos. Surge a preocupação quanto à integração com órgãos governamentais, quanto à necessidade da interdisciplinaridade e quanto às possibilidades de o trabalho extensionista ser computado como estágio curricular, durante o período de férias.
Palavras-chave: extensão universitária, modelo europeu, influência americana, camadas populares, interdisciplinaridade.
Biblioteca FITS

O Plano de Trabalho de Extensão Universitária
Capítulo 2
NOGUEIRA, Maria das Dores Pimentel. Políticas de extensão universitária brasileira. 1 ed. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2005.

O CRUB, insatisfeito com o andamento da extensão universitária brasileira, após estudar dois novos programas – CRUTAC e Projeto Rondon – e identificar seus pontos comuns e diferentes, apresenta uma proposta de operacionalização da extensão universitária, que consistia basicamente na criação de uma Coordenação Nacional de Extensão Universitária, vinculada ao MEC, e uma Coordenação Nacional de Desenvolvimento, vinculada ao MINTER. Assim, à primeira coordenação cabia propor a política de extensão universitária nacional, traçando normas e diretrizes e acompanhando a execução dos trabalhos nas instituições. À segunda, cabia propor a política de desenvolvimento relacionada à extensão universitária e igualmente traçar normas, diretrizes e acompanhar os trabalhos. É então criada uma Coordenação de Atividades de Extensão – CODAE.
Em abril de 1975, o MEC divulga o Plano de Trabalho de Extensão Universitária, que contém dois elementos novos: a idéia de relação entre a extensão, o ensino e a pesquisa, e a idéia de comunicação entre universidades e sociedade, não mais no sentido de transmissão de conhecimento, mas de interlocução.





Palavras-chave: extensão universitária brasileira, CRUTAC, Projeto Rondon, MEC, CODAE, Plano de Trabalho de Extensão Universitária
Biblioteca FITS

Programa de fomento à extensão universitária - PROEXTE
Capítulo 3
NOGUEIRA, Maria das Dores Pimentel. Políticas de extensão universitária brasileira. 1 ed. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2005.

O Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras atuou na elaboração de duas políticas de extensão universitária, o Programa de Fomento à Extensão Universitária – PROEXTE e o Plano Nacional de Extensão Universitária, respectivamente em 1993 e em 1998. O PROEXTE apresenta-se como a prática acadêmica que interliga as ações de ensino e pesquisa com as demandas da sociedade, contribuindo para o compromisso universitário de transformação da sociedade. O programa considera que a extensão universitária deve ser desenvolvida sob a forma de programas, projetos e eventos, a partir dos órgãos acadêmicos das IES, através de ações sistematizadas, criando espaços para a divulgação, aplicação e desenvolvimento de pesquisas. A interdisciplinaridade é uma meta a ser buscada, considerando que ação extensionista relaciona-se com a realidade como um todo, facilitando o trabalho interdisciplinar.
A extensão visa interligar as atividades de ensino e pesquisa com as demandas da sociedade e assegurar o compromisso social da Universidade, através do comprometimento da comunidade universitária com os interesses e necessidades da sociedade organizada (sindicatos, órgãos públicos, categorias profissionais, organizações populares etc.). Essas atividades devem ser entendidas como iniciativas de caráter educativo, cultural, científico ou tecnológico, a exemplo de: cursos, fóruns, congressos, seminários, prestação de serviços e outros.




Palavras-chave: PROEXTE, interdisciplinaridade, transformação da sociedade, compromisso social, ensino e pesquisa.
Biblioteca FITS

Plano Nacional de Extensão Universitária
Capítulo 4
NOGUEIRA, Maria das Dores Pimentel. Políticas de extensão universitária brasileira. 1 ed. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2005.


A elaboração do Plano Nacional de Extensão ocorre em uma fase posterior às tentativas do Fórum junto ao MEC para manter o PROEXTE. A Comissão Nacional de Extensão, reunida em Brasília, em agosto de 1997, apresenta como uma de suas propostas a elaboração de um novo programa nacional de extensão das Universidades públicas brasileiras. Essa proposta passou a chamar-se Programa Universidade Cidadã, que embora aprovado, não apresentava consistência suficiente para constituir-se como proposta do Fórum para a extensão nas IES públicas brasileiras.
Foi definida então a elaboração do Plano Nacional de Extensão Universitária, no XII Encontro do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão, em 1997. Finalmente, em 1999, consegue-se a publicação do Plano pelo MEC. Esse Plano reafirma a extensão universitária como processo acadêmico definido e efetivado em função das exigências da realidade, indispensável na formação do aluno, na qualificação do professor e no intercâmbio com a sociedade. Dá prioridade às práticas voltadas para o atendimento de necessidades sociais emergentes, como educação, saúde, habitação, geração de empregos etc. Assim, tem-se hoje como princípio, que para a formação do profissional cidadão é imprescindível sua efetiva interação com a sociedade.



Palavras-chave: Plano Nacional de Extensão Universitária, Universidade Cidadã, MEC, necessidades sociais emergentes, interação com a sociedade;
Biblioteca FITS

Relatório

Dia 08/08/2011

Nesta segunda aula, a prof.ª Karina nos falou um pouco sobre a importância do currículo Lattes, que é feito no site da CNPq, nos orientando a fazê-lo o mais cedo possível, dada a sua importância para nosso futuro profissional. Foi então discutido o tema iniciado na aula anterior, o movimento estudantil, através da leitura do artigo. Os alunos debateram a respeito da década de 60, sobre os anos de ditadura e como os estudantes e pessoas em geral podem transformar a sociedade. Ao final do debate, a professora nos orientou a ir à biblioteca para procurar alguns livros sobre práticas de extensão, para que pudéssemos fichar algum deles.

Obs.: Houve uma confusão em relação ao tipo de fichamento, por isso o primeiro fichamento que foi feito por mim foi de citação, mas colocarei aqui somente o fichamento de resumo.

quinta-feira

Movimento Estudantil no Brasil nos anos 1960

De acordo com Groppo (2005), a partir da década de 60 revelou-se a participação dos movimentos estudantis no Brasil, principalmente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Destacam-se dois momentos: o período "populista", antes do golpe de 1964, e a mobilização de 1968, que gerou uma grande discussão sociopolítica, na qual a questão universitária secundou o tema da revolução. Em 1968, os universitários contavam cerca de 0,5% da população do País, apesar de seu relativo crescimento a partir da década de 1950.

Nos ano de 1960 a participação do Estado no ensino superior não era algo exclusivo e aos poucos deixava de ser predominante, sendo assim, a atuação dos militantes dos “partidos” estudantis foi referindo-se quase que exclusivamente às universidades públicas, defendendo o ensino público e gratuito, deixando de lado os interesses e as necessidades dos alunos de instituições privadas. A proposta na década de 1960 seria então por uma reforma universitária. Em 1968, essa "revolução" foi apenas algo secundário. Em 1961, o Congresso Nacional discutia e aprovava a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que foi condenada pela UNE, com o argumento de que a universidade era privilégio de poucos e falhava em suas missões, seja cultural ou social, por utilizar modelos inadequados para nossa realidade, não formando profissionais competentes e por formar profissionais individualistas. Portanto, afirmava que para transformar a universidade, era necessário transformar a sociedade. (GROPPO, 2005)

Com isso, podemos concluir que, os movimentos estudantis a partir da década de 60 lutavam não apenas por uma questão universitária, mas por uma questão social, dado o contexto histórico. Nos dois momentos, tanto em 1964 quanto em 1968, lutavam contra um tipo de "administração empresarial" das universidades, mas foi a partir de 1964, com o golpe militar, que esses movimentos se intensificaram, lutando também por uma transformação da sociedade, sendo um período de intensas disputas políticas e ideológicas.

Referência:

GROPPO, Luis Antônio. A questão universitária e o movimento estudantil no Brasil nos anos 1960. Impulso. Piracicaba, 2005. Disponível em: <http://www.unimep.br/phpg/editora/revistaspdf/imp40art08.pdf>. Acesso em 6 Set. 2011.

Líder de movimento estudantil chileno vem ao Brasil apoiar protesto

Camila Vallejo, presidente da Fech (Federação dos Estudantes da Universidade do Chile), participou, na manhã desta quarta-feira, da "Marcha dos Estudantes", em Brasília, e disse ver muitas semelhanças entre o protesto brasileiro e o movimento estudantil chileno.

Vallejo veio ao Brasil a convite da UNE (União Nacional dos Estudante) e participará de sessão da comissão de direitos humanos, na Câmara. O encontro entre a chilena e os parlamentares foi articulado pela deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), ex-dirigente da UNE.

De acordo com Vallejo, há muitas similaridades entre as demandas dos estudantes brasileiros e chilenos.
"Todos queremos melhoras no sistema educacional, ensino público de qualidade e acesso à educação. Esse apoio mútuo entre os estudantes revela que não estamos sozinhos, o que fortalece o processo social", disse.

Lula Marques/Folhapress
Líder estudantil chilena Camila Vallejo (esq) posa ao lado de Daniel Ilescu, presidente da UNE, com protesto ao fundo
Líder estudantil chilena Camila Vallejo (esq) posa ao lado de Daniel Ilescu, presidente da UNE, com protesto ao fundo

A estudante afirmou que, na Câmara, falará sobre o que levou ao "caráter privatizador" da educação no Chile, após a ditadura de Augusto Pinochet (de 1973 a 1990), pontuando os acontecimentos de 2011 --em que houve repressão de manifestações estudantis por parte do Ministério do Interior chileno, com a morte de um estudante de 14 anos.

Segundo Vallejo, os chilenos não querem melhorias educacionais dentro do mesmo paradigma, mas uma mudança radical no modelo de educação.

"Queremos a garantia constitucional do direito social e universal do acesso à educação, com investimentos que reforcem a democracia, o pluralismo e a integração", afirmou.

DEMANDAS

O presidente da UNE, Daniel Iniescu, terá encontro com a presidente Dilma Rousseff, na tarde desta quarta-feira, em que entregará o manifesto dos estudantes, elaborado pela UNE, pela Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e pela ANPG (Associação Nacional dos Pós-Graduandos). A entrega do documento coincide com a divulgão da proposta do governo para o orçamento de 2012.

As principais reivindicações são a destinação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação e a mudança na política econômica anunciada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na terça-feira (30).

"Somos contra a política condenatória que privilegia o pagamento de dívida externa em detrimento de investimentos sociais, como é a educação. Hoje, investem-se menos de 5% em educação e cerca de 40% em pagamento de dívida pública", disse Iniescu.

Na marcha, os estudantes ainda lançaram a "Jornada de Lutas Latinoamericanas dos Estudantes". A jornada prevê a realização de manifestações ao longo de todo o mês de março de 2012. O objetivo é unir o continente em torno de três propostas: a defesa da educação pública, a integração solidária e a descriminalização da luta social.

De acordo com Mateus Fiorentini, secretário executivo da OCLAE (Organização Continental Latinoamericana e Caribenha de Estudantes), não foram estabelecidas metas específicas para as manifestações.
"Cada país tem uma realidade diferente. O importante é o sentimento de mobilização entre os países e a união", afirmou.

MST

A marcha teve o apoio do MST (Movimento dos Sem-Terra), que também reivindicam a aplicação de 10% do PIB em educação.

"Esse percentual beneficiará também os estudantes do campo. Essa é uma luta que unifica a cidade e o campo", afirmou Antonio Neto, representante do MST.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/968150-lider-de-movimento-estudantil-chileno-vem-ao-brasil-apoiar-protesto.shtml

Marcha dos Estudantes em Brasília - UOL Notícias

Estrutura do Movimento Estudantil

→ OCLAE - ORGANIZAÇÃO CONTINETAL LATINO AMERICANA E CARIBENHA DOS ESTUDANTES

É a maior entidade dos estudantes na América Latina, todas as entidades nacionais dos países são filiadas a ela. Sua sede fica em Cuba, onde a UNE mantém um representante para levar as lutas e bandeiras dos estudantes brasileiros. A cada dois anos, realiza o CLAE (Congresso Latino Americano e Caribenho dos Estudantes) e atua na defesa da integração dos povos do Continente.

→ UNE – UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES

É a entidade que reúne todos os DAs, CAs, DCEs, UEEs executivas de curso e outras organizações do movimento estudantil brasileiro. Defende os interesses dos estudantes, promove campanhas específicas e também participa, historicamente, dos principais debates e lutas do país como a defesa da democracia, da educação e do patrimônio nacional. Se organiza basicamente a partir de três instâncias: o Conselho Nacional de Entidades de Base (CONEG), reunido CAs e DAs de todo o país; o Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG), reunindo DCEs, UEEs e executivas de cursos e o Congresso da UNE (CONUNE), realizado há cada dois anos reunindo todas as entidades e ainda qualquer estudante que quiser participar de forma independente. No Congresso é eleita a diretoria da entidade, A UNE promove também as Bienais, o Circuito Universitário de Cultura e Arte (CUCA da UNE), as caravanas pelo país, entre outras atividades.

→ UEE – UNIÃO ESTADUAL DOS ESTUDANTES

Representa os universitários de cada estado. Diretamente ligada à UNE, a UEE realiza atividades regionais, de acordo com cada realidade, assim como fortalece a pauta nacional de lutas do movimento estudantil. Realiza congressos a cada dois anos para eleger a nova diretoria e decidir os rumos da sua atuação no estado.

→ DCE – DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES

É a entidade que representa o conjunto dos universitários de uma determinada universidade. Deve existir nas instituições de ensino que tenham mais de quatro cursos superiores. O DCE possibilita aos estudantes o debate e mobilizações relacionadas àquela instituição, seus problemas, desafios gerais ou específicos. Promove também atividades culturais, calouradas, e representa o conjunto daqueles estudantes nas UEEs e na UNE. Os DCEs realizam eleições anuais ou bienais, além de assembléias, conselhos de DAs e CAs, entre outras formas de organização para ouvir os alunos e agir.

→ DA OU CA – DIRETÓRIO ACADÊMICO OU CENTRO ACADÊMICO

Atuando na chamada base do movimento estudantil, o DA ou CA existe em cada curso da universidade, atendendo aos problemas gerais e desafios no seu interior. Assim como o DCE, realizam atividades de mobilização, luta por melhorias no ensino e na estrutura acadêmica, calouradas, atividades culturais e ações ligadas ao movimento nacional dos estudantes. Representam os cursos das universidades nas UEEs e na UNE. Realizam eleições anuais ou bianuais, assim como conselhos de representantes de turmas e outras ações de mobilização e organização dos estudantes.

→ EXECUTIVAS DE CURSO

Entidades que representam o conjunto dos estudantes de uma determinada área, exemplo ENECOS (Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social) ou EXNEL (Executiva Nacional dos Estudantes de Letras). Fazem o debate e as lutas nacionais de cada curso, como por exemplo nas questões ligadas à regulamentação da profissão ou ao currículo. Promovem encontros nacionais de estudantes de uma determinada área.

→ CUCA – CENTRO OU CIRCUITO UNIVERSITÁRIO DE CULTURA E ARTE

Núcleo de produção, debate e experimentação cultural que compõe a rede nacional de cultura da UNE, aliada ao projeto das Bienais. Nas universidades, o CUCA promove diversas linguagens artísticas como música, literatura, cinema, dança, teatro, além de trazer o intercâmbio com as manifestações populares ou urbanas. O CUCA também pode atuar na perspectiva da extensão universitária em ações com a comunidade.

→ ATLÉTICAS

São associações esportivas organizadas por curso ou universidade que congregam estudantes atléticas da instituição. Cabe a elas organizar campeonatos esportivos internos e selecionar equipes das mais diversas modalidades para disputar jogos universitários dentro da instituição de ensino, entre instituições e em jogos universitários municipais, estaduais e nacionais. As Atléticas são importantes para a integração e o aperfeiçoamento esportivo dos estudantes.

→ UBES- UNIÃO BRASILEIRA DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS

É a entidade máxima de representação dos estudantes secundaristas no país. Seu objetivo é defender os interesses e as opiniões dos estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico. Funciona como mediadora de questões específicas à educação e também de outros problemas relacionados à juventude. Realiza seu congresso a cada dois anos para deliberar as plataformas da entidade e eleger a nova diretoria, além de conselhos periódicos, encontros diversos e campanhas, sempre garantindo a ampla participação dos estudantes.

→ UNIÕES ESTADUAIS SECUNDARISTAS

Representa os estudantes do ensino fundamental, médio e técnico de cada estado. Diretamente ligada à UBES, cabe à União Estadual divulgar as campanhas e atividades da entidade nacional, bem como desenvolver um programa político de atuação própria, de acordo com com cada realidade. Realiza congressos bienais que elegem sua direotira e os delegados de cada instituição de ensino para o Congressos da UBES.

→ UMES – UNIÃO MUNICIAL DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS

Representa os estudantes do ensino fundamental , médio e técnico de um mesmo município. Diretamente ligada às Uniões Estaduais e a UBES, cabe à UMES reproduzir as campanhas e atividades de ambas entidades, bem como desenvolver um programa político de atuação própria, de acordo com a realidade de cada cidade. Realiza congressos anuais ou bienais que elegem os rumos da entidade e elegem a nova diretoria.

→ GRÊMIO ESTUDANTIL

Entidade que representa o conjunto dos estudantes de uma mesma escola do ensino fundamental, médio ou técnico. O Grêmio possibilita a discussão sobre os problemas gerais ou específicos das instituições de ensino, desenvolvendo as lutas dos estudantes, assim como promovendo sua interação por meio de atividades culturais e acadêmicas. Representa os estudantes de cada escola nos fóruns gerais do movimento estudantil secundarista e promove o diálogo com as entidades gerais (Uniões Estaduais e UBES). Realizam eleições anuais e também assembléias gerais.

→ APG – ASSOCIAÇÃO DE PÓS GRADUANDOS

É a entidade que existe em cada universidade para representar os estudantes de pós-graduação, debatendo os problemas e soluções locais para a área da pesquisa e para os pós-graduandos. Atua junto aos departamentos de cada instituição, reivindicandos os direitos dos estudantes, promovendo encontros científicos, seminários, atividades culturais e de representação da universidade no movimento nacional de pós-graduandos.

→ ANPG – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS GRADUANDOS

A Associação Nacional de Pós-graduandos é a entidade representativa dos pós-graduandos brasileiros, estudantes de mestrado, doutorado, ou de outros programas. Sua função é atender às demandas desses estudantes, como reajustes nas bolsas de ensino e melhores condições para a realização da pesquisa no país. A ANPG defende uma a ciência mais humanista e comprometida com as resoluções dos problemas sociais do Brasil, aliando suas pautas às do movimento estudantil universitário e do movimento secundarista.

Fonte: http://www.une.org.br/2011/09/estrutura-do-movimento-estudantil/

5ª SEMPEX - FITS


A Faculdade Integrada Tiradentes se prepara para seu maior evento acadêmico, a 5º Semana de Pesquisa e Extensão. Interessados em apresentar trabalhos nas modalidades pôster e comunicação oral (pesquisa e extensão) poderiam se inscrever até o dia 09 de setembro, mas o prazo foi estendido até o dia 14 de setembro.

É importante atentar para os procedimentos: ler atentamente o edital, preencher a ficha de inscrição, anexar o resumo do trabalho à ficha, encaminhar os documentos para o endereço eletrônico trabalhosempex@fits.edu.br.Todos os materiais enviados passarão pela análise da Comissão Científica Institucional. Os trabalhos aprovados serão divulgados no dia 29 de setembro.

A 5º Sempex acontecerá entre os dias 29 de setembro e 02 de outubro, simultaneamente à feira do Empreendedor, que em 2011 também ocorrerá no campus da Fits.

Veja o edital nos murais do campus, no site da Fits ou através do link Edital SEMPEX 2011. No site da Fits – no espaço “Pesquisa” – além do edital é possível acessar a Ficha de Inscrição de Resumos de Trabalhos Científicos.

Relatório

Dia 25/07/2011

Nesta primeira aula, a prof Karina Dias Alves fez uma pequena apresentação entre os alunos e apresentou a proposta da disciplina, falando um pouco sobre o que são Práticas Extensionistas e sobre o trabalho que iriamos desenvolver durante o semestre. Neste primeiro momento, a professora nos orientou a pesquisar sobre um tema inicial, o movimento estudantil, e então foi iniciada uma conversa sobre nossos conhecimentos a respeito desses movimentos e uniões estudantis em geral. Foi disponibilizado no portal magister um artigo sobre movimentos estudantis, com o título "A Questão Universitária e o Movimento Estudantil no Brasil nos Anos 1960" que a professora Karina nos orientou a ler para uma discussão na aula seguinte.