A
extensão universitária surgiu na Inglaterra, no século XIX, com uma nova idéia
de educação continuada, destinada à população adulta em geral que não
estava na universidade. É através desse modelo europeu que o Brasil inicia suas
atividades de extensão. A extensão universitária nos EUA também influenciou as
ações extensionistas das universidades brasileiras, nas quais a influência
inglesa foram os cursos, e a influência americana foi a prestação de serviços.
(NOGUEIRA, 2005)
A
extensão universitária teve início no Brasil entre os anos de 1911 e 1917, na
Universidade Livre de São Paulo, através de conferências e semanas abertas ao
público, mas tratavam de temas que não estavam relacionados aos problemas
sociais e políticos da época. Foi só em 1931, com o Decreto do “Estatuto da
Universidade Brasileira” que foram delineadas as atividades de extensão com o
objetivo de apresentar também soluções para os compromissos sociais e de
interesse nacional. Já na década de 60, que teve como marca a mobilização
popular e reformas sociais, as atividades de extensão passam a focalizar a
inserção na realidade sócio econômica, política e cultural do Brasil, sempre em
busca da transformação social. (CARBONARI, 2007)
Pouco
tempo depois da publicação da legislação em 1931, várias instituições de ensino
superior são criadas. Porém, essas atividades ficavam isoladas e dependentes do
ensino e da pesquisa, limitando-se a divulgação de pesquisas direcionadas para
uma camada privilegiada da população. É somente no início da década de 1960 que
percebemos uma primeira mudança nessa concepção. É quando aparecem ações de
compromisso com as classes populares, com a intencionalidade de
conscientizá-los sobre seus direitos. Surge a preocupação quanto à integração
com órgãos governamentais, quanto à necessidade da interdisciplinaridade e
quanto às possibilidades de o trabalho extensionista ser computado como estágio
curricular, durante o período de férias. (NOGUEIRA, 2005)
CARBONARI, Maria Elisa
Ehrhardt; PEREIRA, Adriana Camargo. A extensão universitária no Brasil, do
assistencialismo à sustentabilidade. Disponível em: <http://sare.unianhanguera.edu.br/index.php/reduc/article/viewFile/207/205>. Acesso em: 15/08/2011.
NOGUEIRA, Maria das Dores
Pimentel. Políticas de extensão universitária brasileira. 1 ed. Belo Horizonte,
Editora UFMG, 2005.
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